Não há uma pessoa no mundo que seja capaz de viver sozinha, todos nós temos a necessidade inata de nos relacionar. Mas, apesar disso, a maioria de nós vive relacionamentos superficiais, que não suprem essa necessidade, sem nem ao menos saber por qual razão.



O fator social tem contribuído para isso, pois vivemos numa sociedade que tem desvalorizado o contato interpessoal e tem transformado as pessoas em números que fazem parte de uma estatística. Valores como o ser têm sido substituídos pelo ter.

A grande dificuldade que encontramos está na falta de qualidade nos relacionamentos interpessoais que abrangem não apenas casais como também famílias, amigos, colegas de trabalho etc.
Há uma pessoa que pode muito nos ensinar a encontrar formas de melhorar nossos relacionamentos e nossa qualidade de vida como consequência, seu nome é Jesus Cristo.

Jesus é um ótimo exemplo de alguém que estabeleceu relacionamentos e se preocupou com a qualidade deles. Isso fica claro quando lemos nos evangelhos os momentos em que esteve com os seus discípulos, a bíblia nos mostra que Ele se relacionou com excelência.

Observe que um bom relacionamento interpessoal é composto por comunicação, vocabulário, linguagem corporal e “feedback”, e há anos e anos atrás, sem estudo ou pesquisa alguma sobre o tema, nosso mestre já era pioneiro na arte. Vamos descobrir como!

Jesus entendia que a comunicação estava em fazer com os que lhe ouviam tivessem compreensão da mensagem que estava transmitindo. Por compreender o ato de comunicar com tamanha importância o fazia de forma clara, e em alguns momentos utilizou parábolas para que ficasse mais fácil a compreensão dos que o seguiam assim como os doze. Ele buscava assim a qualidade. Usava um vocabulário que podia alcançar a todos independente de classe social. Não se limitava em apenas falar bem ou escrever algo, apesar de saber que isso era fundamental, ele ia além...

A linguagem corporal ou não verbal exerce função essencial nos relacionamentos, é aquela que não mente, que não está sujeita a manipulação, pois é inconsciente. O nosso corpo, através de gestos e modos de agir, pode revelar o que sentimos ou pensamos, e muitas vezes não temos coragem de dizer através de palavras. Nosso mestre nos mostrou isso mais de uma vez, e nos faz refletir sobre a possibilidade de nossos atos falarem muito mais que nossa voz; foi o que Ele fez ao lavar os pés dos discípulos, o que para alguns pode ter sido um gesto sem razão, pode nos falar muito sobre humildade e liderança. Assim como Jesus, devemos estar atentos a observar o que as pessoas com as quais nos relacionamos tem tentado nos mostrar com seus atos.

A essa preocupação de perceber o outro e ser percebido por ele podemos chamar “feedback”. É o processo que nos possibilita avaliar a qualidade de nosso relacionamento e formas de aprimorá-lo. Todos podem receber e dar “feedback”, mas é importante estarmos atentos para não recebe-lo como uma crítica pessoal, pois isso nos afastará das pessoas, contudo devemos percebê-lo como uma oportunidade de mudança.

Bem sabemos que a mudança pode causar medo do desconhecido, mas pode nos surpreender com o possível resultado positivo que alcançaremos, no caso, relacionamentos com qualidade.

Podemos perceber que tudo isso pode nos ajudar nos relacionamentos com as pessoas que nos cercam, e também em nosso relacionamento com Deus, pois Ele se comunica conosco das mais variadas formas para que possamos compreendê-lo, mas é fundamental estar atentos aos sinais que nos dá e aceitar seus direcionamentos não como exposição de defeitos, mas como alguém que se preocupa conosco, que nos ama, e quer ter um relacionamento cada vez mais íntimo e de qualidade conosco, e deseja que consigamos fazê-lo com o próximo.



“Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga de seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante.” (Eclesiastes 4: 9-10)

















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